Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência Tg 1.13.14.
Desde que o pecado adentrou os seres humanos lá no Edén, os homens tem sofrido tentações horríveis, tanto por influencia de demônios como também pelos os próprios desejos pecaminosos da carne Gn 3.3; isto por causa do pecado que teve sua origem no querubim protetor, quando governava através do Edén jardim de Deus Is 14.12-14; Ez 28.11-19.
Varias tentativa foram promovidas por Deus para solucionar o problema do pecado que envolveu anjos e homens. Desde os primeiros momentos que sucederam a queda, Deus providenciou uma dispensação para que por meio dela o homem pudesse alcançar plena libertação. No entanto, o homem seria afligido de varias maneiras, pois havia plantado uma semente pecaminosa, daí ter que colher os frutos de seu pecado. Vejam: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” GL 6.7. Comp. Gn 3.11-19.
A resistência humana teria que suportar o enorme peso que viria sobre seus ombros; resistir às tentações seria o ato crucial para obter a aprovação de Deus, visto que o pecado não se remove simplesmente pelo ato do perdão, mas teria que haver um Redentor suficiente que pudesse pagar o preço exigido pela Justiça divina Gl 6.7; Hb 10.1-4, 9.12; 1ª Co 6.20; 1ª Pe 1.18,19. Desta sorte vimos que um dos aspectos mais importante da salvação, é sem sombra de duvidas o aspecto da redenção; fomos comprados não simplesmente perdoados como muitos querem. É de se notar que do ponto de vistas de Deus para o homem, há um alto preço; já do ponto de vistas de Jesus Cristo para o homem não há preços, mas somente obediência.
1º) Deus na sua justiça não poderia perdoar os homens, exigiu um preço Ro 3.24-26; 5.8-11; 8.32.
a) O meio da salvação é o sacrifício vicário de Jesus Cristo; Jo 14.6; At 4.12; Ro 5.1-2; 8.32;
b) Cristo é o Caminho que Deus viabilizou para a salvação (gr. Soteria; significa “Livramento” proteção total de quaisquer danos no caminho) dos homens; sua morte é o preço exigido pela justiça divina para nos resgatar Ro 3.24; 8.32; 1ª Jo 1.5-7. Ele nos resgatou Mt 20.28; Cl 1.13; assim o crente se torna livre e voluntario servo de Deus; por esta causa temos que resistir toda tentação do diabo, do mundo e da carne para obtermos plena comunhão com Deus Tg 4.7-8;
c) exige a resposta humana, a fé, a obediência, a submissão e a comunhão Hb 11.6; 12.14; 10.26-27; Ap 2.10b; 1ª Jo 3. 6-8. É aqui que centra a maior responsabilidade do cristão diante da necessidade de resistir às tentações que sobrevêm aos crentes; sabendo que uma vez resgatados estamos livres do jugo de Satanás, agora somos filhos de Deus e o maligno não nos toca 1ª Jo 3.2-10; 5.18.
2º) Cristo paga o preço exigido por Deus, e nos isenta de dívida. a) O meio aceito pela justiça divina é o resgate (gr. apolutrosis). O termo grego significa resgatar mediante o pagamento de um preço justo; denota ainda o meio pelo qual a salvação (gr. soteria) é obtida, isto é, pagamento de um resgate 1ª Co 6.20; At 20.28; Gl 3.13;Hb 9.12;1ª Pe 1.18; 2ª Pe 2.1.
b) O homem se encontra no estado alienado de Deus Ro 3.10-18. Escravizado pelo pecado Ro 6.6; 7.14. Sob o domínio de Satanás At 10.38; 26.18. Satanás obteve legalidade na raça humana lá no Éden e por isto sua operação entre os infiéis também se tornou legal; ele mata rouba e destrói Ap 2.10; Tg 1.12;Jo 10.10.
c) Cristo exige do homem redimido, obediência a sua doutrina Hb 5.9; Ap.2.10; Fl 1.29; 2ª Tm 4.1-5.
De forma que devemos resistir às tentações, não no sentido de nos livrarmos delas, mas de superá-las tendo em mente que todas as lutas são dividas que contraímos no nosso dia a dia Tg 1.14. Pois somos advertidos pela Palavra de Deus que, após sermos lavados e purificados de todo pecado, não podemos mais pecar 1ª Jo 3.4-6. Se isto vier a acontecer teremos um preço a ser pago Hb 6.4-6;10.26-27. Vejam: “E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” Lc 12.47.48. Pois Deus açoita todos que toma por filho Hb 12.6,7. A Bíblia chega a declarar que, “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” Hb 10.31; Devemos lembrar também que Deus não tenta (gr. peirasmos) a ninguém. A palavra grega aqui é uma referencia as perseguições e aflições que o crente fiel sofre nesta vida da parte do mundo ou de Satanás, ou ainda da própria carne Gl 5.16-21. Deus não tenta (prova) nem testa o crente fiel, pois na atual dispensarão da graça os crentes são livres para escolher o caminho que queira andar 1ª Co 7.20-23. A promessa para os crentes está condicionada a fidelidade: “Quem permanecer até o fim, será salvo”. Mt 24.13. O pecado praticado por um fel atribui-lhe, a falta de vigilância quanto aos desejos próprios da carne. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebida, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte Tg 1.13-15.
Resistir às tentações neste presente século, só será possível para aqueles que andam na observância da palavra de Deus, guardando os santos preceitos de Deus e sua doutrina Ef 6.10-18; Ro 8.38-39.
Pr João Antonio Barbosa: Chapadão do Céu Go
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